Michelângelo Stamato e a câmera, presente de um irmão, na Floresta de Bebedouro. |
De posse de uma câmera profissional novinha em folha, presente de um de seus irmãos, ele passou a frequentar semanalmente as áreas verdes de Bebedouro, fazer seus cliques, e, posteriormente, pesquisar na internet e em livros a espécie de cada pássaro alvo de suas lentes. E a melhor ideia foi fornecer as imagens para um projeto educacional mantido pelo governo do Estado dentro da Floresta Estadual de Bebedouro.
A gestora da floresta, Alessandra Pinheiro Fernandes, está muito satisfeita com as fotos. "Vemos as aves no cotidiano, mas nem sempre conseguimos saber do que se trata. Com as fotos fica muito mais fácil", diz, acrescentando que em breve serão produzidos banners com as imagens para serem espalhados pelo local. Hoje em dia, as crianças atendidas pelo programa vêem as aves no computador e depois saem para procurá-las na Floresta.
Mesmo durante a entrevista, Michelângelo não para de observar. |
Das 230 espécies que Michelângelo afirma ter visto em Bebedouro, 214 ele conseguiu fotografar. Faltou câmera ou um pouco mais de tempo para registrar as outras 16. E das 214 registradas, 201 já tiveram a identidade comprovada e compartilhada no WikiAves, site especializado na identificação das espécies.
Futuramente, ele pretende organizar um guia para divulgar a diversidade encontrada em Bebedouro e alertar a população sobre os riscos que as queimadas, constantes especialmente na época do calor, representam para a fauna local. Segundo ele, animais que antes eram vistos aos montes em algumas matas, hoje já não aparecem mais.
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