Voluntária Nacy Gazola e José Carlos, atendido pelo Voz Amiga. |
Semanalmente, ela doa algumas horas de seu tempo para ler histórias de amor, de guerra, de terror para pessoas como o Luiz Carlos Pereira da Silva, 59, que é deficiente visual. Ele toma livros emprestados na biblioteca perto de onde mora, também na zona leste de São Paulo, e toda semana vai até o Poupatempo para que dona Nancy ou outra voluntária o leia para ele.
O tempo de leitura do Voz Amiga é de meia hora por dia agendado, mas dona Nancy sempre acaba se estendendo. "Durante a leitura, a pessoa se lembra de alguma passagem da vida dela, conta alguma novidade. O Luiz Carlos, por exemplo, está noivo e fala muito da noiva dele, a Kátia Maria. É bom ter esse contato", diz.
"Descubro autores que não conhecia, conheço palavras novas, exercito a leitura, faço amigos... E o melhor é que não me sinto com a idade que tenho. Me sinto mais jovem, talvez por me sentir realizada. Se ficasse só em casa, estaria parada no tempo", diz a voluntária.
Dona Nancy é viúva, tem dois filhos, dois netos e dois bisnetos. Mora na Vila Matilde, zona leste de São Paulo. Além de lecionar, foi também diretora de escola, por coincidência, na mesma instituição onde Luiz Carlos estudou quando era jovem.
Assim, finalizamos a série sobre o trabalho de voluntários em programas do Poupatempo de São Paulo. Espero que tenham gostado!
Sobre o Voz Amiga
Os deficientes visuais são o público-alvo
O atendimento é individualizado e realizado por meio de agendamento por telefone. Na data e hora marcada, o cidadão vai ao Poupatempo Itaquera levando o material para leitura, que é feita por um voluntário durante 30 minutos
Já realizou 232 atendimentos
Conta com 43 voluntários
Foi um dos finalistas na categoria inovação em gestão pública na 7ª edição do Prêmio Mario Covas 2011, recebendo menção honrosa
Fonte: Poupatempo
Foto e vídeo: Luciana Quierati
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